Procrastinar

Esta palavra que mais parece um trava-língua acompanha os passos de muita gente boa - como eu e você. Significa adiar, deixar para depois.

Hoje, finalmente, fiz minha matrícula em uma academia de ginástica. Isso, porque percebi a traça da procrastinação roendo minha vida, meus projetos e meus objetivos, me roubando um tempo que nunca mais volta.

Adiamos, muitas vezes, porque temos medo, ou porque não damos a devida importância às coisas.
É, e em outros casos, não queremos saber mesmo, temos, simplesmente, a  "mania de deixar pra lá". Mas não é assim que a vida funciona. Aquilo que a gente não resolve, a gente carrega - e ainda paga caro por "excesso de bagagem".
Mas quando enfrentamos, caímos dentro, vemos que podemos dar conta - na maioria das vezes. Pela experiência, vejo que são pouquíssimas as coisas que proscrastinamos que não podemos lidar ou encarar.
Somos cúmplices da procrastinação, ela é confortável, até que, então, temos, inevitavelmente, que tomar uma decisão, e aí pode ser mais trabalhoso.
 O dente que antes era apenas cariado agora precisa ser extraído, a dívida que era controlável torna-se impagável, aquele um quilinho a mais agora são muitos a serem perdidos, tem aquela pilha de roupas para lavar, o material para estudar, as situações para se resolver e por aí vai.
Procrastinar faz mal à saúde (física e mental) !!!! Mexa-se !!!! Por onde você precisa começar ????
O que pode começar a resolver hoje para poder sentir-se bem a longo prazo e com menos encargos para lidar ???? Não tem jeito, se uma coisa tem que ser feita, ela tem que ser feita. Mãos à obra. Vencer a procrastinação é um hábito diário e para toda vida. Os benefícios daí resultantes também.
Boa sorte !!!!

Essa tal felicidade...

Certa vez, um homem muito interessante numa conversa igualmente interessante comigo perguntou-me "de zero a dez quanto eu achava que poderia fazer um homem (ele mesmo) feliz".

Bem, minha resposta foi objetiva: "espero que ele não precise de mim nunca para ser feliz".

Hoje, tempos depois, lembrando dessa cena, reafirmo a minha resposta: "espero que pessoa nenhuma na face desta Terra espere que eu a faça feliz".

Igualmente, não tenho a expectativa de quem alguém ou alguma coisa aconteça para me fazer feliz. Descobri, meio que à força, que felicidade é pessoal e intransferível, é um compromisso meu com a vida, e não mais uma responsabilidade a ser atribuída a alguém, a um relacionamento, a um produto.

Felicidade é de dentro para fora, se não estiver comigo e em mim, não estará em nenhum outro lugar, em nenhuma outra coisa, em mais ninguém.

Simples assim ??? O que você acha ??? Claro que não.

Não mesmo.

Cada um sabe de si, mas eu só queria dizer que todo dia, ao acordar, eu tenho um trato comigo de ser feliz. Custe o que custar, chova ou faça sol, tenha eu boas ou más notícias. Ser feliz, nesse caso, independe do que eu tenho e do que me acontece - e jamais anula minhas tristezas, minhas dores e minhas lágrimas. São coisas distintas, embora possam não parecer.

Não tenho a obrigação e nem a pretensão de fazer as pessoas ao meu redor felizes. Esta é uma prerrogativa delas próprias. Mas uma coisa eu sei, com certeza: quando eu me proponho a cuidar da minha felicidade, tudo ao meu redor agradece, todos são afetados por isso. E esse é o ingrediente que me aproxima do outro, que faz dar certo a vida, que me faz querer melhorar, progredir, estar com as pessoas, me presentear, ser generosa, saber dizer não, saber a hora de chegar e saber a hora de sair.

Meu maior desafio hoje é o de permanecer feliz, apesar de tudo o que ocorre ao redor e as transformações dentro de mim. Portanto, é um trabalho constante, um daqueles casos onde o custo compensa o bem-estar que proporciona.

E você, a quantas anda com a sua felicidade ??? Ela está unica e exclusivamente dentro de você, ou de vez em quando está ao seu redor ???

O risco de colocarmos a felicidade nas coisas e nas pessoas é que basta termos o objeto em questão para que se perca o sentido, o valor, o apreço. Já é necessário outro, depois outro. E assim vai.

Também não posso afirmar que a felicidade é algo que pode ser encontrado e pronto. Mentira. Não é assim também. Não, não há receitas, mapas, fórmulas, dicas. É uma experiência interna que inicia quando você mergulha dentro dela, principalmente quando se questiona a vida, quando se sofre, quando se sente a infelicidade rondar, quando se decide encarar a vida de frente, quando tudo falha e despenca ao redor. Eis o ponto-de-partida. Acredite, mas o caos pode ser um ponto-de-partida inimaginável. Nessa hora a única coisa que você tem é a você mesmo - e é a coisa mais difícil de se possuir porque, geralmente, colocamos a maior parte do nosso investimento afetivo, expectativas e energia nas pessoas e coisas. Se a felicidade está dentro de você, você sofrerá, mas vai sobreviver. Se não está, você negará a situação e imediatamente arranjará substitutos para o que se perdeu.

Construir a felicidade dentro de si requer viver um dia de cada vez, ser ensinável, se amar o suficiente, arriscar, chorar, sofrer, ter um monte de dúvidas (e por que não dívidas...rssss), apanhar da vida, perder e ainda assim ter um motivo para continuar caminhando sem amargar o ambiente ao redor. É SER, e confortavelmente, ser humano.

Bem-vindo ao clube !!!!

A chave

Hoje estava eu inquieta com algumas coisas que acontecem com a vida da gente. Estava pensando exatamente como a vida de algumas pessoas muda da noite para o dia. Refiro-me a mudança positiva. De repente, uma pessoa comum é "descoberta". Ela faz algo extraordinário, fala uma coisa impactante, conecta suas idéias, cria algo maravilhoso e ... nunca mais será a mesma. Estou me sentindo exatamente no estágio que antecende a esse boom, à "descoberta". As ideias estão borbulhando, meu campo de visão calibradíssimo, diposição física de um atleta, a mente está viva e pedindo para se expandir, sinto o cheiro da "transição" da inércia para a energia. Já sentiu isso ??? Já esteve assim, com esta sensação de estar de cara pro gol e com a bola chegando no seu pé ???

Apesar de ter essa adrenalina correndo dentro de mim, sei que posso estar apenas sonhando, delirando, talvez. Posso estar me enganando. Estar sendo paliativa, mediando conflitos internos, pessoais e instranferíveis com a ilusão disfarçada. Ilusão disfarçada. A gente aprende a jogar com ela o tempo todo. Cuidado.

Tenho os elementos essenciais para fazer uma revolução na minha vida, mas sei que me falta algo. É como ter uma linda casa me esperando, mas me faltam as chaves.

Faltam-me as chaves para abrir as portas que vão me levar de um lugar comum, de mesmice e marasmo para um lugar de realizações, lugar real, de vida real, mas receptivo à vida, à criação, à potencialidade que cada um de nós tem dentro de si.

Falta-me a chave, que por vezes parece ser a coragem - de arriscar, de perder, de ganhar (até para ganhar precisamos de coragem); a fé - em Deus, em mim, na vida; talvez a timidez, no sentido de inibição, de falta de iniciativa, daquele tão temido primeiro passo, sabe.

Será a chave o primeiro passo ??? Parece que estou ensaiando a vida inteira o tal do primeiro passo.

Dizem os portadores de boas novas, que depois que você dá o primeiro passo você pensa: "puxa, era tão simples assim ??? Por que não fiz isso antes ???".

Precisamos mesmo romper com essa complacência com o marasmo, caso contrário, morreremos em nossos sonhos, projetos e idéias - que na verdade, é o que todo mundo tem dentro de si em tamanhos e formas diferentes, mas que quando nós usamos, faz a vida funcionar e a missão acontecer - é o que faz girar o mundo.

Bem, vamos encontrar a nossa chave. A porta está bem à frente.

Vamos encaixar a chave e abrir a porta. A tão esperada "virada" está apenas começando...do outro lado da porta.

Vamos nessa !!!!!!